02. 03.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A era do espetáculo.


Regina Dias

De fato, a era do espetáculo está imposta definitivamente, sem rodeios e sem máscaras. Um exemplo claro disto é o novo seriado da Rede Globo, A vida alheia, onde em uma revista de celebridades o lema não é ética, tampouco respeito. O que vale é a notícia em primeira mão e as cifras ($) que consequentemente a acompanharão.



O ponto central é vender e vender, sem limite de definição, até porque o que se vende são capas de revista com escândalos.



Este programa seria uma adaptação do que acontece hoje nas edições de revistas, pois mostra a "realidade" das redações de uma maneira mais humorística. Talvez a idéia inicial fosse o humor, mas nós, futuros comunicadores sociais sabemos que muitos profissionais fazem esse tipo de trabalho "sujo", mas telespectadores em geral não têm conhecimento desses fatos, de como a mídia consegue manipular as informações que recebe.
Outro fato que me chamou atenção: no intervalo da novela Viver a Vida, exibida neste sábado 17/04/10, vinculou-se a notícia da morte da mãe de Roberto Carlos, Dna. Lady Laura, dizendo assim em primeira mão e que até o momento o próprio cantor não tinha essa informação, pois estava no palco em uma turnê em Nova York.
Eu pergunto aos senhores, onde vamos parar com tamanha falta de sensibilidade? Ainda que essa notícia tenha alguma relevância, considerando a pessoa pública a quem está relacionada. Fico pensando de que modo essa notícia poderia ter chegado aos ouvidos do filho (Roberto Carlos).
A notícia devia ter uma postura imparcial, um papel de responsabilidade social e não a exploração da vida alheia em espetáculos que vemos hoje na mídia em geral.

8 comentários:

Carla Augusto,  21 de abril de 2010 às 12:25  

Concordo plenamente com a Regina, nos dias de hoje a mídia não se preocupa com a sensibilidade alhei o que ela quer é apenas vender noticiías sejam elas verdadeiras ou não.
Para muitos jornalistas o que importa é ser o primeiro a noticiar pouco importando se a informação está correta ou não.
Tudo bem que um artista é uma pessoa pública, mas ficar dia e noite seguindo uma pessoa só para ter um furo de reportagem é uma coisa muito incoveniente e chata, não é porque o cara é artista que tem que expor sua vida pessoal inteira.
Acho que o que falta pra muitos profissionais desse tipo é ÉTICA.

Elis Ribeiro,  21 de abril de 2010 às 13:00  

Eu fiquei chocada com o anuncio da morte da mãe do Roberto Carlos no meu da programação da rede globo.
Eles querem estar sempre em primeiro sem pensar na ética, no respeito e amor ao próximo.

Cristina Okuma,  21 de abril de 2010 às 16:41  

É impressionante o que a mídia é capaz pra ser a primeira a divulgar algo. E se o Roberto Cartos entrasse na net e visse que a própria mãe morreu, que chato que iria ser...
Não duvido que os profissionais de uma revista de fofocas sejam iguais aos do programa, rsrsrs...

Maristela Zago,  21 de abril de 2010 às 22:23  

Pois é... ouvimos tanto que um RP deve, antes de tudo, prezar pela ética, mas é até difícil dizer o que é ou não ético num meio que valoriza muito mais um furo jornalístico do que uma notícia empirica e bem fundamentada. Hoje em dia vale muito mais ser o primeiro a falar, mesmo que isso traga consequências irreparáveis, depois pensa-se em como remediar o que foi dito.
Mas de verdade, eu seria uma falsa moralista se dissesse que não curto uma fofoca, to sempre interessada nas roupas a Victoria Beckham usa, acabo lendo sobre um novo escândalo onde o Tiger Woods se meteu, e até mesmo vendo fotos de um global fazendo caminhada em algumna orla do Rio de Janeiro.
Infelizmente não se pode definir ética da mesma forma pra todos, o que pra mim é feio, bonito lhe parece. (minha adaptação para 'o que ama o feio, bonito lhe parece') rs

Patrícia Barreto 22 de abril de 2010 às 17:25  

Concordo com tudo que foi dito pela Regina e nos comentários.
Esqueceram-se literalmente da ética. Mas afial o que é ética mesmo?? rsrs

Mas, não podemos esquecer que os meios de comunicação passa as informações que a massa quer saber. Nada justifica a falta de respeito como os meios de comun. passam as informações, mas acredito que a massa tenha um pouco de culpa pelo tipo de informações (decadentes) que são passadas.

OBS.: estou inclusa na massa, adoro algumas coisas fúteis como, vida de famosos, etc.

Izabella Nanni,  22 de abril de 2010 às 17:27  

Pela quantidade de informações veiculadas diariamente na mídia, a exclusividade em divulgar algo é extremamente valorizada. Infelizmente, as vezes falta ética e consideração com envolvidos a tal notícia ao veiculá-la. Ótimo post Rê!

3º RP UNISA 22 de abril de 2010 às 21:47  

Quando vi esta notícia na Globo o que mais me chamou a atenção foi o fato de ele não saber.Esta exclusividade invasiva ligada a um artista tão venerado pela emissora soa muito antiético mesmo, e crei eu que muitas pessoas pensaram do mesmo jeito, porque em casos de morte a família sempre esta em primeiro lugar, é uma questão de respeito.Acho que pegou mal pra Globo.
Elaine Alves.

Márcio 25 de abril de 2010 às 21:18  

Mas, afinal, por que a vida alheia dá tanto Ibope? Por que o público quer saber tanto da vida das celebridades ?
Infelizmente, boa parte das redações funcionam nos moldes da redação de ficção da série de Falabella. Fico me perguntando quais os motivos que levaram as Organizações Globo a fazer uma série como esta já que detém a maior parte do star system nacional e uma revista como a Quem...

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