02. 03.

terça-feira, 30 de março de 2010

Leitores digitais será o fim do livro tal como conhecemos?


Carla Carolina Augusto
Estamos entrando numa nova era, onde a forma como lemos poderá mudar para sempre, assim como já mudou a forma como ouvimos músicas e assistimos televisão.



A cada ano que passa mais a tecnologia evolui, a cada dia somos surpreendidos por uma novidade tecnológica, o modo como ouvimos música evoluiu, a televisão já pode ser assistida em qualquer lugar pelo celular e internet, porque seria diferente com o modo como lemos e com os livros.
De alguns anos para cá foram inventados diversos tipos de leitores digitais, mas parece que o que veio para ficar foi o Kindle da Amazon.
O kindle é um aparelho leve e portátil. Ele pode armazenar em sua memória interna até 200 títulos, o que daria na prática muitos quilos de papel, com o Kindle você pode carregar uma biblioteca debaixo do braço sem se preocupar com o peso, afinal ele pesa cerca de 300 gramas.
O Kindle tenta desbancar uma das invenções mais perfeitas da humanidade: o LIVRO. Ele pode não substituir os livros tradicionais, mas faz coisas que eles não fazem: através de links, textos dentro de um livro podem ser facilmente pesquisados e acessados em instantes, anotações podem ser feitas sem rabiscar nenhuma página, o tamanho do texto e o formato podem ser modificados para facilitar a leitura.
Cada pessoa pode “montar” seus textos a partir de fragmentos de outros textos, cada comentário pessoal sobre determinada obra pode ser transformado em apêndice. É possível que comecem a surgir obras franksteins, feitas de pedaços de livros alheios.
Porém ainda é difícil dizer que os leitores digitais irão acabar com os livros de papel, o que não seria uma má idéia com relação à conservação do planeta, é bem difícil convencer um amante de livros a trocá-los por uma digitalização. Já com relação ao jovens a leitura poderá aumentar, já que os jovens são facilmente atraídos por novas tecnologias, aqueles que pouco liam talvez passem a ler mais só pelo fato de ser um livro digital.
Através do Kindle você pode pular de uma obra a outra como se faz com as musicas em um MP3, você têm tantos a disposição que já não presta atenção a nenhum deles.
É pouco provável que os livros de papel desapareçam completamente, já que nem tudo é perfeito, além de caro ele ainda é um dispositivo eletrônico, e como ocorre com todos estes dispositivos ele pode simplesmente “dar pau” e você não conseguir ler uma determinada obra ou página.
Outro ponto importante é que para ler um livro comum basta você adquiri-lo de diversas formas diferentes, já um livro digital é necessário um dispositivo compatível e uma loja especializada. Outra característica do livro de papel é sua capacidade de circular de mão em mão, ele pode ser lido, emprestado, doado e vendido e assim vai passando de geração em geração.
Seria então o Kindle a realização do sonho de Mallarmé que idealizava um livro que pudesse conter todos os outros livros já publicados?
Ou seria o pesadelo de Johanes Gutenberg, inventor da prensa em 1439?
Mas isso só o futuro responderá, é esperar pra ver o futuro dos livros tradicionais e o dos leitores digitais.

14 comentários:

Caroline Abou Jaoude,  30 de março de 2010 às 15:13  

Ca, achei o seu post muito interrante porque cada vez mais a tecnologia está crescendo. Mas essa tecnologia também tem seus pontos fracos e cada vez mais viramos escravos dela, como por exemplo o celular, viramos escravos dele e hoje em dia não conseguimos mais viver sem ele, diminuindo nosso tempo de lazer mas atualmente não conseguimos viver sem ela.

3º RP UNISA 30 de março de 2010 às 21:36  

Existe também uma outra tentativa de modernizar o livro,é o livro para ouvir.Este tipo de livro é uma gravação em mp3,de alguns sucessos como o Caçador de Pipas,O Monge e o Executivo etc.Estão á venda em revistas de catalogo como Avon.São legais para se ouvir no transito por exemplo,porém este formato descaracteriza totalmente o produto...Isto já não é mais um livro.
Elaine Alves

Beatriz Slemer 31 de março de 2010 às 22:30  

Eu achei muito bom essa sua colocação sobre o livro digital, Carla, me fez lembrar do sonho de Mallarmé o texto frankstein rs e concordo com você, principalmente com a parte dos leitores tradicionais.
Eu sou essa leitora e também sou, como disse a Carol no comentário, escrava do celular, assim como da internet, do Google. Adoro jogar video-game desde bem criança e não fico sem.
Bem, acho que essa tecnologia ainda tem muito o que evoluir, se aperfeiçoar. Eu não gosto de ler no computador, mas me preocupo com a natureza: compro papel reciclável, uso frente e verso, faço blocos de anotação com papéis rascunhos, mas não consigo deixar de ler no papel, gosto de rabiscar e mesmo com o mouse, mesmo com canetas eletrônicas, nada me substitui a velha Bic.
Existem tecnologias que tem que entender que não vieram para substituir extenções, mas criar novas!!

Beatriz Slemer

Ilda Monteiro 2 de abril de 2010 às 01:18  

A grande vantagem dos livros digitais é que o leitor poderá transportar sua biblioteca ou parte dela de forma mais simples, e como ressaltou Beatriz, é mais ecológico e também mais barato ou até mesmo gratuito.
Não acredito que o livro impresso venha acabar por causa do livro digital uma vez que o impresso tem um valor muito grande no imaginário coletivo da sociedade, ele representa o saber, o conhecimento.

Irailda

Elis Ribeiro,  4 de abril de 2010 às 11:43  

Cá, acho que você abordou todos os pontos interessantes.
Também acho que os livros não vão ser extintos, mas acho que com os leitores digitais mais jovens vão ler mais por ser uma coisa mais tecnológicas, vai contribuir com a sustentabilidade, pois vai ter economia de papeis e mais pessoas terão acesso!
Adorei o post.
Parabéns

Mariana,  4 de abril de 2010 às 21:06  

Tbm acho que os livros digitais só tem a crescer, mas sem extinguir os livros em papel, talvez apenas gerar mais uma forma de escolha para cada situação. Acho que ler digitalmente no ônibus ou metrô possa ser muito bom, mas para estudar prefiro papel para anotar, grifar...
Tem lugar para os dois suportes.

Flávia Valéria 8 de abril de 2010 às 13:05  

Muitíssimo interessante seu Post Carla, Parabéns!!
Concordo com os outros comentários, que vem para acrescentar, como mais uma tecnologia a nosso favor, a nosso dispor. Mas ainda não troco pelo nosso bom e velho livro escrito, não gosto de ler matérias muito longas pela tela, quem dirá um livro.
Mas temos que estar abertos as novidades que vem a nosso favor...

3º RP UNISA 9 de abril de 2010 às 16:01  

Essa tecnologia é realmente impressionante e interessante. A melhor coisa é você possuir esse acervo com facilidade, mobilidade, etc.

Mas vamos também concordar que nada melhor do que ler um bom livro de papel mesmo. Pelo menos na minha opinião.

Só não podemos deixar que essa nova forma de leitura, interromper as de papel. Não podemos extinguir essa prática tradicional.

Izabella Nanni,  11 de abril de 2010 às 01:03  

Todas que comentaram pontuaram muito bem.

Adoro livros, mas para carregá-los o dia todo na bolsa ou mochila dá dor nas costas rs. Com o "Livro digital" isso não acontece. Mas ainda assim não substituo.

Anônimo,  11 de abril de 2010 às 19:07  

Muito bom o seu post Carla. Acredito que possa ser o livro que será usado no futuro devido a preocupação com o meio ambiente, mais acho difícil a extinção total do livro de papel.

Ellen Baltazar

Cristina Okuma,  21 de abril de 2010 às 18:15  

Se for pensar pelo lado sustentável, o livro digital será a perfeição, mas como nós nascemos numa era em que é normal pegar um livro e olhar página por página, fica difícil nos acostumar com essa tecnologia. Concordo com a Carine, também não gosto de ler textos no computador, cansa bastante. Diferente do Pc, esse livro digital da pra deitar, ir ao banheiro, rsrsrs... mas quando será que ele será acessível para todos???

regina dias,  21 de abril de 2010 às 21:02  

A tecnologia será smpre bem vinda,mas as vezes me assusta ,naõ consigo pensar na idéia de ter meu bom e velho livro sendo folheado por mim.

Cristina Okuma,  22 de abril de 2010 às 01:48  

Pensando bem, é preocupante toda essa tecnologia, o que faremos com as coisas obsoletas?? E nosso meio ambiente???
As pessoas se preocupam em evoluir mas não se preocupam com o futuro das coisas velhas, só trocarei meu aparelho de televisão quando ele não funcionar mais, rsrsrs...

Márcio 27 de abril de 2010 às 02:56  

Os conceitos de intertextualidade e dialogismo nos ensinam que todos os "livros", como todos os textos e discursos no mundo são franksteins...
O Kindle pode armazenar até 1500 títulos.

E o iPad?

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