02. 03. 04. 53.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Caroline Sire
A vida como um espetáculo
De acordo com Guy Debard, vivemos na sociedade do espetáculo. Isso quer dizer que, os meios de comunicação não são usados somente para informar, eles manipulam e passam a imagem que querem que acreditemos. A mídia exerce um poder muito grande sobre seus espectadores, ela consegue fazer com que eles desejem os produtos que os atores usam, ou repudiem uma atitude, um gesto, uma expressão.
Estamos nos acostumando a dizer para todos o que está acontecendo em nossa vida, o que estamos comendo ou ouvindo. Qualquer um que entre no seu perfil do Orkut, Facebook, Twitter etc, consegue saber mais da sua vida do que uma pessoa com quem conversa.
O costume é tão grande que não conseguimos nos desvincular dessas ferramentas, sabemos que estamos exibindo nossas vidas, mas não conseguimos imaginar como seria viver sem. Então damos a desculpa de que só temos contato com algumas pessoas por meio das redes sociais, mas sabemos que é apenas uma desculpa para não dizer que gostamos de exibir nossas vidas. <\div>

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Fale o que eu digo!



Levante mão quem nunca recitou o famoso versinho infantil “batatinha quando nasce, esparrama pelo chão, menininha quando dorme põe a mão no coração”?



Existem várias expressões famosas na língua portuguesa que foram e continuarão sendo passadas de geração para geração. Mas o que a gente não nota é que muitas delas perderam suas formas originais e foram substituídas por outras, muitas vezes porque as pessoas retiram ou acrescentam parte dessas mensagens, transformando-as.
Podemos dizer que isso acontece porque essas frases foram adaptadas por seus ouvintes, pois segundo Ana Maria Balogh adaptação não é nada mais do que uma interpretação.
Podemos ainda justificar essa “adaptação” baseados nos fundamentos de Mikhail Bakhtin que defende que “só o Adão mítico não sofre a influência do outro na formulação de seus discursos”. Ou seja, nada do que falamos é criado apenas por nós, nosso discurso é formulado com fragmentos do discurso que ouvimos de outros.

Eh... Surpreenda-se! Certamente você já deve ter ouvido (ou mesmo pronunciado) muitas dessas expressões:

Popular: “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão”.
Original: “Batatinha quando nasce, espalha rama pelo chão”.(o que faz referência às raízes da batata.)

Popular: “Quem não tem cão, caça com gato”.
Original: “Quem não tem cão, caça como gato”.(o que faz referência ao ato de caçar sem companhia, como faz o gato.)

Popular: “Cor de burro quando foge”.
Original: “Corro de burro quando foge”.(o que faz referência ao animal, que ao fugir, pode representar perigo.)

Popular: “Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho-carpinteiro!”
Original: “Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro”. (o que faz referência a mexer-se demais.).

Com o passar do tempo, novas formas se estabelecem, modificando o sentido da mensagem original e isso nada mais é do que o ato criativo de diferenciar um novo texto do texto anterior.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A era do espetáculo.


Regina Dias

De fato, a era do espetáculo está imposta definitivamente, sem rodeios e sem máscaras. Um exemplo claro disto é o novo seriado da Rede Globo, A vida alheia, onde em uma revista de celebridades o lema não é ética, tampouco respeito. O que vale é a notícia em primeira mão e as cifras ($) que consequentemente a acompanharão.



O ponto central é vender e vender, sem limite de definição, até porque o que se vende são capas de revista com escândalos.



Este programa seria uma adaptação do que acontece hoje nas edições de revistas, pois mostra a "realidade" das redações de uma maneira mais humorística. Talvez a idéia inicial fosse o humor, mas nós, futuros comunicadores sociais sabemos que muitos profissionais fazem esse tipo de trabalho "sujo", mas telespectadores em geral não têm conhecimento desses fatos, de como a mídia consegue manipular as informações que recebe.
Outro fato que me chamou atenção: no intervalo da novela Viver a Vida, exibida neste sábado 17/04/10, vinculou-se a notícia da morte da mãe de Roberto Carlos, Dna. Lady Laura, dizendo assim em primeira mão e que até o momento o próprio cantor não tinha essa informação, pois estava no palco em uma turnê em Nova York.
Eu pergunto aos senhores, onde vamos parar com tamanha falta de sensibilidade? Ainda que essa notícia tenha alguma relevância, considerando a pessoa pública a quem está relacionada. Fico pensando de que modo essa notícia poderia ter chegado aos ouvidos do filho (Roberto Carlos).
A notícia devia ter uma postura imparcial, um papel de responsabilidade social e não a exploração da vida alheia em espetáculos que vemos hoje na mídia em geral.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A nova linguagem do jornalismo esportivo da Rede Globo.


Cristina Okuma

No final de 2008 o Globo Esporte de São Paulo iniciou a sua mudança de linguagem, no comando do programa está Tiago Leifert (apresentador e editor chefe do programa). Neste início, tanto o público externo como o interno estranharam bastante a nova versão, pois segundo o próprio Tiago, o que os jornalistas estavam acostumados a fazer era descrever os jogos, e ele começou a contar. A idéia dele era se aproximar mais do público. Ele aboliu a leitura do teleprompter e abusou do improviso e do humor.

Com tanto humor, o programa virou um sucesso e até a edição nacional do programa adotou “o mesmo formato”.

O programa além de mostrar os fatos do esporte, também usa muita criatividade para entreter o telespectador. A equipe não economiza na improvisação, e com tanto improviso, surgem alguns sucessos, como o Funk do Val Baiano (que teve mais de 300 mil acessos), troféu Ney Paraíba, um concurso de beleza com os jogadores de futebol, a campanha dança Tiago Leifert, enfim, são assuntos relacionados com o esporte, mas que não são tão sérios como eram antes.







Outro jornalista que também mudou o modo de apresentar esportes foi o Tadeu Schmidt, que apresenta os gols do fantástico todo domingo. Seu carisma também encantou o público e lançou concursos, bola cheia e bola murcha, onde o telespectador envia vídeos caseiros com lances de jogos bons ou ruins.

Em ambos os casos há muita interação com o público, pois eles se preocupam com a opinião deles, e sabem usá-la a seu favor.

Com essa nova linguagem, um público que não estava acostumado a assistir programas esportivos, passou a se interessar: o público feminino. Muitas mulheres hoje assistem ao GE e aos Gols do Fantástico graças à simpatia de seus apresentadores.

Mudanças às vezes podem ajudar ou atrapalhar, neste caso, ajudaram muito. Talvez o futuro do jornalismo em geral se baseie nesta troca de informações e no entretenimento do público, claro que quando o assunto é sério, deve ser tratado de modo sério, mas nem tudo deve ser tão regrado como é.

domingo, 18 de abril de 2010

VocêTV



Em 2005 foi criado por três ex- funcionários da PayPal, o YouTube. O site permite que qualquer pessoa carregue e divulgue vídeos de qualquer natureza. Ele obteve sucesso rapidamente, e em menos de um ano foi adquirido pelo gigante Google por quase dois bilhões de dólares. Tube é uma gíria em inglês para televisão, logo YouTube significa VocêTv. Nesses cinco anos de existência, muitas polêmicas envolveram o seu nome. Acredito que a mais famosa tenha sido quando a apresentadora/ modelo Daniela Cicarelli foi filmada trocando carícias com seu então namorado na época. Tamanha repercussão do vídeo, ela entrou com uma ação na justiça e conseguiu que ele fosse proibido de ser veiculado no site. E mesmo com tantos processos envolvendo seu nome, o sucesso do site é incontestável e evidentemente foi uma das maiores revoluções da web 2.0.



Nele são postadas cerca de vinte e cinco horas de vídeo por minuto. Mesmo sendo de livre acesso, vídeos protegidos por direitos autorais são proibidos a postagem. Entretanto existem vários deles lá, que são removidos a partir do momento que são identificados. Podemos dizer então que daqui a alguns anos a TV, o cinema, o teatro serão substituídos pelas novas mídias?

Muitos acreditam nessa hipótese, mas será válido? A transmissão de vídeos pela internet faz com que alguns deixem de ligar a TV para verem seus programas preferidos online, do mesmo jeito que há algumas décadas a mesma TV citada acima, permitiu que você assistisse seus filmes preferidos, antes apenas vistos nas salas de cinema, pela telinha. O cinema não foi extinto e creio que a televisão também não será.

Outro exemplo a ser citado é o stand-up. Comediantes postam vídeos de no máximo dez minutos (que é o permitido pelo próprio YouTube), com previas de suas apresentações. Ao invés de satisfazer o espectador com suas piadas e gracejos, o vídeo desperta a curiosidade e a vontade de conhecer melhor esse novo modo de fazer rir.

Segue abaixo um exemplo de stand-up, protagonizado por Danilo Gentili.



Para informação, o vídeo foi carregado pelo próprio Danilo, e teve como resultado um crescimento em seu numero de fãs e admiradores. Ele faz apresentações por todo o país, fazendo com que muitos paguem para vê-lo e ouvi-lo pessoalmente.

A tecnologia traz benefícios a quem consegue usá-la com proveito. Não adianta dizer que a pirataria é sua culpa, pois não é. Ela surge a partir de pessoas mal-intencionadas ou sem condições de obter a mídia desejada. Podemos compará-la com a arma de fogo, que não é nem um pouco responsável por milhares de assassinatos que existem por dia.

sábado, 17 de abril de 2010


Igreja Eletrônica: Mercado da Fé
No Brasil, as transmissões digitais de programas religiosos aumentam cada vez mais, graças ao uso dos meios tecnológicos como a internet, o rádio e principalmente na TV. Algumas dessas já com características da igreja eletrônica, como a Rede Record, uma emissora broadcasting da Igreja Universal do Reino de Deus ou a Rede Viva, um canal UHF (ultra high frequency) para os católicos transmitido pelos sistemas de tv a cabo ou captado por antenas parabólicas.


Não sou contra a mensagem religiosa na TV, que por sinal tem crescido bastante no Brasil. Acredito que quando bem formulada e sem exigir do telespectador um compromisso ao credo em destaque, funciona como exercício de evolução do indivíduo.
Porém há quem coloque nos programas religiosos de rádio e TV, apenas o intuito de "abocanhar fiéis". Com isso, visam somente consignar lucros materiais para essa ou aquela denominação doutrinária.
A televisão, por exemplo, é alvo de discursos de ordem; todo tipo de doutrina, muitas das quais sem nenhum embasamento espiritual, deixando parecer que os religiosos que as comandam não possuem a menor formação evangélica - doutrinaria.
Para observar isso, é só ficar um tempo em frente a um canal onde os pastores ou padres ficam falando que na reunião de cura é possível se resolver os problemas de todos, etc...
Vocês não acham que religião oferecida assim como uma forma de cura em geral, é uma mentira? Se Deus quisesse resolver o problema material dessa ou daquela pessoa, não seria mais lógico resolvê-lo coletivamente? A troco de quê, a Divina Providência iria privilegiar uns e outros não? A inflação de seitas surgidas com o uso da igreja eletrônica (hoje é possível se fundar qualquer religião e comprar um horário no rádio e na tv), sendo uma das marcas de uma sociedade que busca aquisições materiais, benefícios passageiros - esquecendo-se que o crescimento moral e espiritual é a razão de ser das doutrinas.
A organização da igreja eletrônica também recorre a técnicas do marketing agressivo e competitivo com produtos como CDs, livros, filmes, roupas, acessórios e podem acreditar, já existe até um modelo de celular "para quem acredita no poder da palavra" e que oferece serviços como ringtones de hinos e “caixa de promessas” eletrônica.
Na igreja eletrônica, o indivíduo é estimulado ao consumo por meio de uma conjugação entre proselitismo religioso e publicitário. O embate já atinge um nível em que se transforma numa disputa por um composto de audiência, congregação e clientela, com o espectador transformado em fiel e o fiel transformado em consumidor.
Assim, a religião se tornou parte da indústria cultural. Uma coisa é certa: quanto mais sentidos são estimulados numa pessoa, menos eficaz é a mensagem. A TV, em certo sentido, atinge todos. A mensagem é tão mastigada e pronta que não permite uma mínima reflexão. Assim, as igrejas começaram a trabalhar como uma empresa. E como a indústria cultural faz da cultura, um bem que se vende para a obtenção de lucro.

Por: Adriana Guimarães

Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/alcides/13.htm
http://notanapauta.blogspot.com/2008/02/igreja-eletrnica-e-f-no-mercado.html
http://aigrejaaogostodofregues.blogspot.com/

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A espetacularização do eu



Irailda Monteiro Leal


Com o surgimento de tecnologias como a Internet, 8 entre 10 pessoas tem seu perfil estampados em algum site de relacionamento, diariamente são enviadas ao facebook e ao twitter centenas de atualizações de amigo, mas será que as pessoas se sentem realmente próximas umas das outras? Ou será apenas a espetacularização do “Eu.


A espetacularização do EU (termo que tem origem em Guy Debord na sua obra (A Sociedade do Espetáculo) está cada vez mais presente na sociedade, cuja marca maior é justamente essa manifestação e exposição de um “Eu” que constrói a si mesmo nas relações que estabelece nos sites de redes sociais e em reality shows.

Nos últimos anos, surgiu na internet todo um leque de práticas que poderíamos denominar "confessionais". Milhões de usuários do mundo inteiro têm se apropriado das diversas ferramentas disponíveis on-line, e as utilizam para expor publicamente a própria intimidade: blogs, webcams, fotologs, YouTube, Orkut... Trata-se de um verdadeiro festival de vidas privadas, que se oferecem despudoradamente a quem quiser dar uma olhada. A tendência é bem atual e, de fato, excede a internet para atingir todas as mídias. Basta pensar no sucesso dos reality-shows na televisão, por exemplo, e no auge das biografias tanto no mercado editorial como no cinema.

O que mais surpreende neste novo fenômeno, porém, é uma combinação inédita do privado e do público, sem pudor algum, os usuários das novas tecnologias como as redes sociais mostram todos os detalhes de sua vida como se estivessem escrevendo naquele “velho diário de infância”.

Embora existam muitas semelhanças entre os blogs atuais e os diários tradicionais também são enormes as diferenças:
Aqueles caderninhos rabiscados em silêncio e solidão escritos extremamente privados, introspectivos e secretos acolhiam as sensibilidades típicas da modernidade industrial.

Já os novos "diários íntimos" da internet os blogs, fotologs, YouTube e Orkut são verdadeiras cartas abertas, tanto seus objetivos como seus sentidos são outros, com uma cultura cada vez mais distante daqueles longínquos tempos modernos. Agora, as tecnologias fazem do próprio eu um show.


Como é possível que esses novos "diários íntimos" se exponham aos milhões de olhos que têm acesso à internet? Será em busca de seus minutos de fama?

A espetacularização da vida privada mais banal tem se tornado habitual. Temos à nossa disposição um arsenal de técnicas de estilização da personalidade e das experiências vitais, a fim de expor a própria imagem.

A influência do pensamento debordiano esta cada vez mais forte, de que a sociedade é capaz de “criar seus pressupostos” a partir de cada época, de que, independente do tempo, essas relações estabelecidas não são relações “genuínas”, são relações que têm como meio termo imagens. Nas palavras de Debord “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens”.

Cada perfil nos sites de relacionamentos pode ser comparado a um pequeno palco, esse exercício até certo ponto teatral é, no entanto, apresentado a uma audiência invisível. "Como não estamos vendo nossos espectadores, somos incapazes de observar sua reação ao que estamos fazendo e, com isso, ficamos à vontade para nos expor mais do que seria prudente".

Em busca dos 15 minutos de fama nas redes sociais os usuários muitas vezes se sentem protegidos de tudo, a sensação de liberdade proporcionada pelo computador pessoal faz com que suas vontades e estilos sejam expostas cada vez mais, deixamos de lado a preocupação com o outro.

No mundo da internet no “off-line” você pode incomodar muita gente sem perceber, fazendo com que seus amigos sejam obrigados a aceitar suas vontades e estilos em nome da espetacularização.

Por conta disso foram criadas algumas regras de etiqueta na internet, a Folha Online separou algumas dicas para fazer bonito:

Não obrigarás os amigos a fertilizarem tua ‘fazendinha’

Não é porque você adora um aplicativo ou comunidade do Facebook ou Orkut que todos os seus amigos também vão gostar. Pense nas pessoas adequadas quando for pedir ajuda na fertilização de sua plantação virtual, convocar para entrar em uma causa ou mesmo exibir sua condecoração no game Mafia Wars.
Se não houve retorno positivo ao convidar pessoas para algo, não insista. E tenha paciência: no telefone, a resposta é imediata; na internet, nem sempre os outros terão a mesma disponibilidade –ou interesse– que você tem para participar de certas atividades e conversas.

Não falarás em vão sobre qualquer assunto

Publicar comentários no Twitter sobre qualquer tema, só pelo hábito ou para responder a alguma moda do momento, pode não ser uma boa ideia. Seus seguidores podem preferir algo mais interessante ou útil.
Se o seu seguidor não conhecê-lo pessoalmente, vai simplesmente parar de segui-lo. No entanto, se ele for seu amigo fora da internet, pode se sentir mal em parar de te seguir no Twitter e vai aguentar textos chatos só para não te magoar.

Honra teu nome

Antes de publicar uma mensagem, lembre-se: falar é diferente de escrever. Vai ficar gravado, e depois poderá ser usado contra você.
Pense também no público que vai ler. Às vezes, seria adequado que uma só pessoa lesse seu texto, e não o mundo inteiro.

Lembra-te do grupo para o qual estás falando

Cuidado ao mandar a mesma mensagem para mais de um e-grupo (grupos de discussão) ou comunidade. Se forem de temas parecidos, vários dos participantes podem participar de ambos os grupos e acaba ficando chato receber textos repetidos.
Exagerar na divulgação de um evento, ideia ou fato pode ser considerado “spam”, o que irrita as pessoas e causa o efeito contrário ao desejado: desgosto pelo que se está divulgando –e por quem divulga.

Adequarás teu discurso

Ao participar de uma comunidade, veja se seus textos serão adequados.
Assim como você não entraria em um festa de gala de bermuda e camiseta regata, você também não seria bem visto se disparasse mensagens sobre música sertaneja ou funk em um grupo de rock. Ou se publicasse textos anticientíficos em um grupo que preza exatamente isso.
Por outro lado, quando for conversar privativamente com alguém –fora de grupos–, não crie estereótipos: não é porque você conheceu a pessoa em um ambiente esotérico, que ela só vá se interessar por esse assunto.

Não queimarás o próprio filme

Seja educado, assim como se espera fora da internet. Evite discurso preconceituoso, arrogante, insultos e escrever sempre em maiúsculas –correspondente à gritaria na internet.
Ao expor uma opinião, justifique. Outros poderão pensar de forma diferente sobre seu assunto, mas só terão como rebater de maneira civilizada a partir dos motivos de cada um.
A distância e possível anonimato na internet não podem ser usados como pretexto para criar um ambiente ruim.

Não criarás fakes

Você pode ser fã de alguém, como um astro do cinema, e querer imitá-lo; ou ainda cobrir seu perfil de expressões, fotos e estilos que estão na moda. Mas isso arrisca irritar seus amigos por causa das cópias: seja autêntico e não crie fakes (perfis falsos de outros).
Procure agir na rede com o mesmo comportamento que você tem pessoalmente.





Fontes: Folha Online por Maurício Kanno, 03/03/2010
Livro Debord Guy A Sociedade do Espetáculo editora contraponto, 2003.
Revista Veja Edição 2120 / 8 de julho de 2009

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Marketing político na Internet: Uma nova era



Flávia Valéria

As eleições presidenciais que acontecerão no Brasil no próximo mês de outubro têm tudo para entrar para a história, pois marcará uma nova etapa no uso da comunicação e no processo de se fazer o marketing político no país.



Seguindo um precedente que já fôra aberto nas últimas eleições para presidente nos Estados Unidos, em que o então candidato Barack Obama popularizou o uso da internet em sua campanha e fez dela uma de suas principais ferramentas de comunicação e de relacionamento com a população americana.

Por aqui os partidos políticos e, principalmente, os candidatos começaram a enxergar de maneira mais abrangente e como estratégia, todo o potencial que a web possui como instrumento comunicacional.

Os primeiros três meses deste ano foram marcados por um debate intenso entre a Justiça Eleitoral e Federal sobre como normatizar o uso da internet na campanha eleitoral. Diferentemente do que ocorre com a televisão e o rádio que são concessões públicas e tem regras muito rígidas definidas pelo Estado no que tange ao espaço concedido, que deve ser igual para todos os candidatos, entre outras regras.

A internet é um meio de comunicação “livre” não está vinculada a nenhuma lei específica ou entidade, e não há como controlar o espaço que cada candidato pode ter. Isso até seria possível em grandes portais de informação como IG, UOL, TERRA, entre outros. Mas como controlar o que cada cidadão pode postar sobre um determinado candidato em páginas de relacionamento, como blogs, Orkut, twitter, facebook e tantas outras ferramentas de comunicação que a web nos disponibiliza?

Impossível. E por isso mesmo a Justiça entendeu que não há como controlar um meio de comunicação em que a informação pode partir de qualquer lugar e de qualquer pessoa. Sendo assim, teremos nos próximos meses uma campanha eleitoral com elementos jamais vistos em nossa recente democracia. Lembremos que a internet é o meio de comunicação que mais cresce no Brasil, tanto em quantidade de usuários e horas passadas na rede.
A venda de computadores bate recordes a cada ano. E os políticos e, principalmente, suas assessorias sabem disso e já estão fazendo tudo o que está ao seu alcance para atingir o público em geral.
Tanto é verdade que semana passada após a oficialização das pré-candidaturas de Dilma Rousself e José Serra, PT e PSDB já trataram de “bombar” a internet com sites, muito bem desenvolvidos para os dois, além de alterarem quase que por completo as páginas dos dois partidos e turbinarem o todos os meios de comunicação já citados e utilizados pelos dois presidenciáveis.


Portanto, caros colegas, estamos prestes a testemunhar um novo momento no modo de se fazer comunicação eleitoral no Brasil. Mas é preciso, antes de mais nada, saber que se por um lado a internet tem um poder de abrangência imenso, por outro, ela acaba sendo muito mais democrática que papel em branco: aceita tudo o que nela se escreve e divulga-se em questão de segundos. Assim, cabe a nós, eleitores, digerir tudo o que nos será imposto pela web nos próximos meses para podermos tomar nossa decisão de maneira clara e consciente, pois só assim o uso da internet terá nos sido benéfico.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Photoshop: Será o fim da “perfeição”?

Débora de Souza

Desde pequenos somos movidos pelos padrões de beleza impostos pela mídia, a menina quando adolescente quer ter a perfeição da modelo mais bela do mundo, e sonha em chegar o mais próximo possível do peso “ideal”, a obsessão em seguir aquele padrão é tanta que chega a adquirir transtornos alimentares fora de série.



Até o dia em que descobre que aquela pele aveludada, cabelos sedosos, corpo sem nenhuma imperfeição são resultados de um processo simples em que, através de poucos cliques e apenas alguns minutos, qualquer pessoa se torna “perfeita”.

O que antes era resultado de quilos de maquiagem, jogo de luzes e ângulos por parte de uma grandiosa equipe de produção, hoje é bem mais simples quando ele: o incrível Photoshop entra em ação.

Não podemos negar que essa ferramenta tornou a vida de muitas modelos e atrizes esplendorosa não?
Hoje, qualquer pessoa seja qual for seu tipo físico, idade, cor ou raça, que se vê muitas vezes desvalorizada, com a auto-estima baixa, pode se dar ao luxo de fazer um ensaio sensual melhor ou a nível de uma super modelo.

O caso é que atualmente o uso abusivo desta ferramenta no meio publicitário está passando dos limites, é o que o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) afirma. Ele propõe que seja obrigatória a informação ao público sobre a manipulação de imagens de pessoas em peças publicitárias. Com a seguinte mensagem "Atenção: imagem retocada para alterar a aparência física da pessoa retratada." Essa deve ser a mensagem presente em todas as peças veiculadas na mídia. O responsável pelo anúncio ou pelo veículo de comunicação que descumprir a medida poderá ser punido com advertência, obrigatoriedade de esclarecimento e multa de R$ 1,5 mil a R$ 50 mil, cobrada em dobro na reincidência. Caberá ao Poder Executivo definir os órgãos que aplicarão as sanções.

Com a obrigatoriedade de avisos sobre a manipulação de imagens, Wladimir Costa quer acabar com a idealização do corpo humano pela publicidade e com a difusão da idéia de que as modelos e os modelos retratados são perfeitos. "Em tempos de photoshop, a manipulação de imagens faz com que a fotografia seja muitas vezes radicalmente diferente da realidade. Manchas na pele são apagadas, rugas são cobertas, quilos a mais são extirpados. É difícil a um leigo perceber que o resultado final não é uma imagem original", afirma o deputado.

A verdade é que independente dessa lei entrar em vigor ou não, ninguém estará livre de criticas, assumindo ou não o uso do photoshop, nem mesmo Gisele Bundchen, sinônimo de beleza escapara das criticas. Quem não se lembra quando caiu na rede fotos da Atriz Juliana Paes em que suas celulites apareciam visivelmente antes dos retoques?, naquele momento todos esqueceram da atriz, o alvo em especial eram as celulites.

Afinal ela é a Juliana Paes, ela não pode ter celulite não é? Ela é “perfeita”!

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=23686

terça-feira, 13 de abril de 2010

As tecnologias em excesso ou somos nós que estamos pedindo sempre mais?



No último dia 03 de Abril chegou aos Estados Unidos sob os olhares curiosos de jornalistas, clientes de outros países e, até mesmo pessoas que já haviam se garantido através de inscrição feita pela internet, o tão cobiçado IPAD da Apple.



Um computador com tela sensível ao toque de 24,6cm, com ele é possível assistir vídeos, escutar música, jogar, escrever e-mails e ler livros eletrônicos (e-books), possui um receptor de internet Wi-Fi, etc. Para ganhar com isso, a Amazon.com tratou de lançar um programa que permite aos usuários que leiam cerca de 450 mil livros em formato digital (através do catálogo de seu leitor de livros eletrônicos Kindle).

Mas afinal, qual o objetivo de ter um equipamento que faz tudo? Hoje o que as pessoas menos têm é tempo, por isso acreditam que a saída está na tecnologia, e por um lado está, o IPAD, vai facilitar a vida de muita gente, por exemplo, um executivo que trabalha não só no escritório, mas também em casa, fora da cidade, não pode simplesmente salvar tudo num pen-drive, até porque não é em todo lugar que ele vai conseguir emprestar ou alugar um notebook e, ainda se conseguir é provável que dependendo da complexidade do programa que usará, este pode não estar disponível no equipamento alugado/emprestado. Pior mesmo, é quando o indivíduo tem que levar uma mochila com seu próprio notebook, carregar os acessórios e, arcar com o “peso” do mesmo, arriscando ser assaltado, até porque as bolsas que guardam o equipamento já são conhecidas pelos ladrões.
Mas acredito que não foi por isso que a Apple lançou o IPAD, o que ela quer mesmo é criar tecnologia fácil, para as pessoas possam interagir mais em menos tempo, ter tudo seu alcance. Nós, a cada dia pedimos pois, estamos sempre com menos tempo a perder, e o avanço da tecnologia é contínuo, sem limite, até eu diria, e pensa que não gostamos, ansiamos por isso, a todo tempo, inclusive.

Queremos ter equipamentos que façam tudo. Mas não é só isso, por exemplo a campanha de marketing da Apple, envolveu seu público, criou expectativas, as pessoas estavam loucas para pegar o seu, mesmo tendo reservado, madrugaram na porta da Apple Store, ou seja, as imagens do que fôra mostrado, aguçou o sentimento que cada um tinha de adquirir o bem, invadiu a percepção de cada um, sabia o que estavam procurando, na verdade eles mesmo não sabem, mas a cada dia, momento, uma nova necessidade surge e, a procura é incansável.
Exemplo disso, é que o IPAD já tem projetos para “logo”, pois a versão em 3G, com conexão direta à internet vem aí. Os concorrentes da Apple já estão empenhados em tentar suprir algumas possíveis falhas, se é que podemos chamar assim. Por exemplo, a HP, parceira da Microsoft que já está programando para apresentar seu novo equipamento, o Slate. E não é só A HP, concorrentes é o que não falta porque o mercado existe e, está aí para desafiar é o caso de uma empresa alemã fabricante de produtos de tecnologia Neofonie GmbH, que oferecerá a partir de Julho o tablet WePad, com tela de 11,6 polegadas e 800 gramas, com entrada USB, suporte para flash, câmera e função multitarefa, Wi-Fi, Bluetooth, processador Intel, dentre outras atribuições, ou seja, a tecnologia avançando a serviço do “usuário”, que quer fazer várias coisas ao mesmo tempo, ter acesso ao tudo e, quando não tem vai atrás.
Tenho certeza, que não só atenderá as necessidades de um grande número de pessoas, como personalizará se este for o caso, pois temos uma vida corrida, temos que estar em vários lugares ao mesmo tempo, responder à vários e-mail’s, ler vários textos, lembrar de “n” coisas, e a tecnologia só vem nos acrescentar, porque a cada coisa nova que conseguimos otimizar, podemos ou não dar mais atenção a outra que precisamos executar.

Viviane Teodoro

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Comunicação Comparada... Para onde caminha a humanidade?

Zilda Batista B de Souza

"...ferramentas por si só são vazias e mortas. O sentido e a finalidade quem dá são quem as utiliza. "



Para atender as necessidades básicas de ser humano, comunicar é preciso... Fato!
Gosto de pensar em comunicação a partir do homem inventado e recriando. Afinal isto denomina a cultura, define padrões, aonde vivo e como me comporto. As ferramentas sem seus construtores são mortas e vazias, incapazes de alterar, criar e mudar.
O cérebro humano é movido pelo desejo de criar, de se movimentar, de estar ativo. Desde um simples pensamento, passando pelo desejo e chegando a expressão cultural vejo alguém necessitado de transcendência, de ser maior, mais capaz, mais construtor ou quem sabe, destruidor.
Não importa o quanto avançamos, nossas necessidades e desejos são sempre os mesmos, mas o que tudo isso tem a ver com Comunicação?
Com a paixão pela criação, o que sim, nos auto-realiza, construímos e nos consumimos. Descobrimos a escrita e o fogo, com isso controlar a natureza não era mais impossível e não estava mais sozinha no mundo. A cada passo o que era mito transformava-se em fato, passamos a avançar na ciência, nas artes e na filosofia. Construindo relações, criamos, dominamos e guerreamos. O patrimônio e o repertório da humanidade foram tomando proporções grandiosas. Não importa se leigo ou culto, sábio ou não, todos faziam e fazem parte de um Memorial Humanitário e Coletivo.
A cada conquista, uma nova reação. Com o avanço da Filosofia, me considerava cada vez mais importante. Com as Artes, mais criativo. Com a Ciência e a Tecnologia, deus.
Sou agora, em vez de dominado, dominador; em vez de criatura, criador.
Este ser passa agora a ser o centro de tudo, e seus desejos mais íntimos a motivação de seus atos. Conhecendo, modificando e criando o mundo tornou-se a expansão de seu imaginário. Saio do feudo, vou para o mundo, invento mais métodos para me comunicar, minhas extensões são cada vez mais infinitas como diz McLuhan e o que antes mediava relações de uma maneira simplória, tornou-se os meios mais importantes para entender e ser entendido, satisfazer e ser satisfeito.
Na postura de criador, me utilizo de qualquer artifício para avançar em qualquer campo, para atender qualquer necessidade.
Como um observador, passo por todas as invenções: a palavra, a escrita, a fotografia, o cinema, a internet e tantos outros feitos do homem. Nelas vejo conquistas, guerras, doenças, personalidades boas e más. Encontramos tudo: amor e ódio, guerra e paz, ciência e ignorância. Nunca se conquistou tanto, nunca fomos tão longe: conquistamos o espaço em partes, a internet nos conecta há qualquer lugar, com qualquer pessoa. Conhecemos as causas das dores e sabemos amenizá-las e muitas vezes o que é bom são fragmentos que morrem em meio ao egoísmo de ser popular, de ter a maior audiência, de ter o melhor produto e ser o primeiro a transmitir uma notícia extraordinária.
Termino repetindo que ferramentas por si só são vazias e mortas. O sentido e a finalidade quem dá são quem as utiliza.

Imagem: blogdocrato.blogspot.com

domingo, 11 de abril de 2010



Guerra de Egos - Thais Caroline Obage



Em meio a toda a tragédia que acometeu o Estado do Rio de Janeiro nesta primeira semana do mês de Abril, vemos que o jogo de interesses de políticos é considerado mais importante do que a vida humana.
O prefeito de Niterói Jorge Roberto Silveira declarou que não tomou conhecimento do estudo feito á respeito do Morro do Bumba "porque há estudos sobre tudo".
O Morro do Bumba em Niterói era um lixão, foi usado até 1985 e depois coberto de terra. As autoridades sabiam do que se tratava o Morro não era um aterro sanitário e mesmo que fosse não poderia ali ser construído nada, não se constrói em cima de aterros sanitários em lugar nenhum do mundo,quando o lixo se decompõe, o solo se move, e as construções perdem a base. O que se faz é construir parques e monitorá-los, porque onde se coloca lixo sempre há o risco de escapamento de gás metano, altamente explosivo.
O Morro do Bumba não desmoronou, mas explodiu, há relatos de autoridades que viram a explosão, essa derrubou encostas e abriu caminho para a “avalanche” de terra. O caminho se abriu também para explicações que não convencem de políticos que mesmo em meio a uma catástrofe geográfica e também humana continuam colocando seus interesses acima de tudo e fazem preleções mentirosas nos veículos de comunicação. O que nos resta é pedir aos céus que não mais derrame essa água abençoada, pois se formos depender dos demagogos que nos representam mais vidas irão em vão.

sábado, 10 de abril de 2010

O fato, a ficção e a comunição

Carine Gonçalves


(...) Sem contar que até os fatos ao serem transmitidos sofrem distorção por serem advindos de um ponto de vista diferente do nosso. Se nem os fatos estão isentos de más interpretações só podemos confiar no que nossos olhos vêem? Acabamos escolhendo um veículo e seguindo aquela realidade, o famoso “apareceu na TV é verdade”, ou “tal revista é mais imparcial”...



Quando ouvimos/vemos/lemos uma notícia esperamos, no mínimo, que condiga com a realidade, mesmo estando cientes de que haverá influência da interpretação do jornalista e da visão política da redação. Sabemos que tudo que lemos deve ser peneirado para não ocuparmos nosso “disco rígido” com informações falsas.

Se atualmente nos confundimos entre sensacionalismo e causa social, boato e realidade, imagine na década de 30. Temos o exemplo do radialista Orson Welles que, ao adaptar para o rádio o livro “A Guerra dos Mundos” de H. G. Wells deixou 1,2 milhão de pessoas desesperadas esperando a morte chegar dos céus.

Dos 6 milhões dos ouvintes da rádio CBS, alguns não ouviram o aviso de que o que estava por vir era fictício e o caos se instalou. Durante a programação normal plantões relatavam uma invasão de ETs, seus raios de calor e mortes. Foram quarenta minutos de apreensão até o segundo aviso da rádio de que era apenas um programa.

Em 2007 a Citroën lançou uma notícia em sites como UOL e Estadão de um asteróide chamado Pallas que possivelmente colidiria com a Terra, tudo isso para o lançamento do C4 Pallas. O aviso PUBLICIDADE estava no canto da tela e - por isso ou pela notícia não afirmar reconhecimento de grandes centros astronômicos - a pseudo notícia não causou preocupação.

Ao adotar algumas características do romance realista o jornalismo deu abertura à essas confusões. As características são: linguagem simplificada, construção detalhista do relato e ponto de vista em terceira pessoa. A construção de uma notícia e de um romance é tão parecida que fica fácil montar sua obra de arte e fazê-la passar por informação séria.

Sem contar que até os fatos ao serem transmitidos sofrem distorção por serem advindos de um ponto de vista diferente do nosso. Se nem os fatos estão isentos de más interpretações só podemos confiar no que nossos olhos vêem? Acabamos escolhendo um veículo e seguindo aquela realidade, o famoso “apareceu na TV é verdade”, ou “tal revista é mais imparcial”.

Como concluir se o que chega até nós é realidade ou não incita muitas peguntas, isso gera um problema de ordem filosófica e começa outra história... Por enquanto escolhemos nossos jornalistas sérios, nossos jornais de confiança ou nos tornamos céticos.

Imagem: Web On The Road.
Referências: Portfólio André Azevedo da Fonseca; Brainstorn9; Jornalismo e Ficção, de Cláudia Lemos.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O PODER DA MÍDIA E A FAMA DOS CINCO MINUTOS



A mídia tem um grande poder, como elevar uma pessoa, colocá-la na ‘higt society’, ou fazer com que ela fique famosa. Agora parem e pensem... Essa fama dura muito tempo? O suficiente para que uma pessoa construa sua vida e proteja seu futuro?

Ao mesmo tempo em que a mídia consegue erguer uma pessoa, também tem o grande poder de devastar essa fama construída... A famosa ‘fama dos cinco minutos’.

Hoje, dou-lhes o exemplo de Léo Santana. Conhecem? Se não conhecem, com certeza vão saber quem é pela música ‘Rebolation’. Uma canção - se é que podemos denominá-la como tal - que estourou no Carnaval 2010. Por favor, me digam quanto tempo mais o famoso ‘rei do rebolation’ ficará com sua fama no topo e quanto mais seremos obrigados a ouvir esse ‘hit’ ?

Na semana do dia 29 de março, a revista Veja publicou uma matéria sobre o rapaz que lançou o maior hit de Carnaval deste ano. Em sua introdução citou: “O baiano que segura o rebolation: Aos 21 anos, Léo Santana faz todo mundo botar a mão na cabeça e sacolejar, até uma certa candidata. De rebolation em rebolation, já tem carrão, brincão, relojão e ambição de conquistar mais ainda”

Pasmem! A música não só tomou proporções nacionais, como também INTERNACIONAIS. Em Angola, o hit carnavalesco também foi o rebolation. Por incrível que pareça, a música virou febre. Para terem uma ideia, até na Itália o baiano já se apresentou três vezes. Além disso, o garoto fará uma turnê pelos EUA em agosto. Isso é realmente possível?

Quantos artistas brasileiros que tem talento, que possuem vasta experiência e que realmente são donos de grandes valores e trabalhos, já fizeram turnês internacionais? São muitos, eu sei, mas também existem tantos outros que não tiveram essa chance e oportunidade, e seus trabalhos não foram tão bem reconhecidos.



Coloco em meu post outra citação do colunista Lauro Jardim, da Veja.com: “A praga do rebolation: A intragável Rebolation, do grupo baiano Parangolé, alcançou 75.000 downloads para celulares desde o Carnaval até quinta-feira passada (02.04). Garantiu, assim, o primeiro lugar na lista das músicas mais baixadas no período”. Realmente, duas palavras ditas que formulam tudo, PRAGA E INTRAGÁVEL. Impressionante, também, o mesmo veículo com opiniões diferentes. É para rir.

Por quanto tempo mais a sociedade vai aturar esses artistas e colocá-los em pedestais? Pessoas cruas, com pouco valor profissional a nos dar. Quais são as lições que essas pessoas vão nos passar? Quais os valores e o quanto essa ‘cultura’ vai nos agregar? O que ganhamos com isso? Nada... é fato.

Penso, também, naquela outras que foram para a fama, se inebriaram e perderam TUDO. Da noite para o dia. Tudo! Lembrando... A fama pode te elevar ou te destruir. Ou você constrói algo útil e com conteúdo, ou não dura tempo suficiente para se torna exemplo às outras pessoas.

Aí esta uma coisa para pensarmos. Quanto tempo mais vamos aturar a fama dos cinco minutos?

Alô minha galera preste a atenção o Rebolation
É a nova sensação, meninos e meninas não fiquem de fora
Que vai começar o pancadão o swing é bom gostoso de mais
Mulheres na frente homens atrás
Mão na cabeça que vai começar.

Rebolation é bom bom
Rebolation é bom bom bom (6x)

Bota a mão na cabeça que vai começar
o Rebolation tion tion, Rebolation
o Rebolation tion tion, Rebolation
o Rebolation tion tion, Rebolation
o Rebolation tion tion, Rebolation

Alô minha galera preste a atenção o Rebolation
É a nova sensação, menino e menina não fiquem de fora
Que vai começar o pancadão o swing é bom gostoso de mais
Mulheres na frente os homens atrás

Mão na cabeça que vai começar
O Rebolation tion tion, Rebolation
O Rebolation tion tion, Rebolation
O Rebolation tion tion, Rebolation
O Rebolation tion tion, Rebolation

Ô Rebolation é bom bom
O Rebolation é bom bom bom
Se você fizer fica melhor (4x)

Bota a mão na cabeça que vai começar
O Rebolation tion tion, Rebolation
O Rebolation tion tion, Rebolation
O Rebolation tion tion, Rebolation
O Rebolation tion tion, Rebolation

Ô Rebolation é bom bom
O Rebolation é bom bom bom (5x)

Quanto conteúdo, não? A letra é magnífica! Fica a dica e irônia para quem quiser ouvir!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Homossexualidade: Identidade ou Desafio?


Guilherme Cristiano




"Mas, onde foi que eu errei?!". Essa é a pergunta que sempre aparece no final de um quadro humorístico do pai que se sente culpado de ter um filho homossexual. Com a maior tolerância da sociedade, sobretudo da mídia, aos homossexuais, muitas famílias ainda se escandalizam e pais demonstram ansiedade diante da possibilidade de seu filho "homem" possa um dia revelar essa tendência psicossexual.
Hoje falar de homossexualidade não pode afirmar se é uma identidade ou um desafio, o termo ainda causa muito impacto e preconceito a sociedade, o estudo da homossexualidade tem sido particularmente intenso do longo dos últimos 20 anos, a homossexualidade tem sofrido muitas mudanças neste período de que o mundo moderno jamais teria sonhado, permitindo que os homossexuais cada dia mais deixe de ser oprimi e se sinta livre para expressar sua identidade.
Com a evolução dos meios de comunicação, a questão da homossexualidade é tratada de uma forma totalmente diferente, onde a mídia quer mostrar que ela é totalmente sociável, incluindo em seus meios, ações, desenvolvendo o tema para fazer com que a sociedade se interaja com a questão.
O Globo Repórter investigou qual é a "cara" da nova família brasileira. Já ficou bem para trás o tempo em que se podia dizer que "Famílias são todas iguais, só muda o endereço". Quando o jargão popular foi criado, provavelmente ele se aplicasse à grande maioria das famílias, dentro de um padrão tradicional que se repetia havia gerações. Mas no Brasil do século 21, o difícil é encontrar famílias iguais. As árvores genealógicas como conhecíamos não dão mais conta das ramificações que os laços de parentesco têm criado nas últimas décadas.
Um grande exemplo que trouxe grande discussão e polemica foi o do casal de soldado homossexual, onde foi levantada a seguinte questão “Por que soldados homossexuais seriam menos valorosos do que os outros”?Eles foram acusados de ferir o decoro militar por ter tido um caso “fora da administração militar” com um soldado. “A opção sexual não há de ser recriminada, mas excessos têm de ser tolhidos para o bem da unidade militar. Não se pode permitir liberalidade a ponto de denegrir o instamento militar”, disse o ministro. Américo, acompanhado de seis ministros, decidiram que o tenente-coronel “não reúne condições de permanecer como militar em exercício” e, portanto, deve ser reformado.
Outro caso que trouxe muita polemica foi quando o cantor Ricky Martin, confirma que é gay Ricky anunciou que estava muito feliz. "O que vai acontecer daqui em diante? Não importa. A palavra 'felicidade' ganhou um novo significado hoje”.
Hoje podemos afirmar que a sociedade está se socializando com as diferenças, Talita Amaro diz que encontrou o amor da sua vida através de uma amiga na Parada do orgulho GLBT 2006, este ano completam 4 anos de namoro, ela afirma que gostaria que a homossexualidade fosse um uma consciência política, e a sociedade deveria ter mais respeitos as diferenças.

Vamos viver as diferenças!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A linguagem da internet e celular podem modificar a maneira como falamos e escrevemos.




Um estudo realizado no ano passado por um professor universitário na Austrália revelou que os jovens, se têm facilidade para escrever mensagens de maneira abreviada, podem não ter tanta habilidade assim para lê-las. Quase metade dos 55 estudantes envolvidos demorou duas vezes mais para ler do que para escrever mensagens do tipo “Vc q tc?”. Por que então a linguagem simplificada virou praxe entre quem usa a internet e costuma mandar mensagens de texto pelo telefone celular? Um dos motivos é a pressa o outro é a facilidade de escrever de forma simplificada, que está ligada a outra duas razões a economia mandar uma mensagem maior pelo celular pode custar mais caro e o desejo de reproduzir virtualmente o ritmo de uma conversa oral. É para acelerar o bate-papo, que na internet, em chats e programas de mensagem instantânea, acontece em tempo real.


Os principais autores da escrita simplificada são os jovens e, entre eles, os adolescentes. Eles fazem uso desse tipo de linguagem no celular e na internet, especialmente em canais de relacionamento, como o Orkut e o MSN. “Mas essa linguagem teve início nos chats”, afirma a professora Maria Teresa, que já realizou uma pesquisa na área, também começando pelas salas de bate-papo virtuais. Porém uma pesquisa mostra que essa linguagem abreviada está levando os adolescentes a lerem mais pelo fato de que meio digital o leitor tem mais autonomia na leitura - ele faz o seu próprio caminho, a sua seleção. E lê de maneira prazerosa, isso é capaz de aproximar o adolescente da literatura.


Nos e-mails. A escrita abreviada principalmente a da web, segue os padrões da oralidade. Ela substitui uma conversa ou um bate-papo, a pessoa está presente e em tempo real, apesar da distância.


É possível que essa linguagem venha, no futuro, a modificar a língua que falamos. Já começamos a incorporar, no português do Brasil, os termos da informática e da internet, como "deletar", "caps lock", "control+c", "control+v", "control+z". Há muita gente rindo em voz alta como na web: “eheheh”. A língua é uma coisa viva, porque falada”. Só a língua morta, como é o caso do latim, permanece estática. Há muitas palavras do português que sumiram e outras que foram incorporadas, ou seja, a língua é dinâmica, e sempre se transforma.
Bruna Chaves
Bibliográfia:Revista Veja.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Fama: Geisy Arruda



Geisy, jovem de 21 anos que foi hostilizada ano passado por uma multidão de estudantes que gritavam em coro palavras ofensivas dentro da faculdade que estudam.O motivo: ir ás aulas usando um vestido curto de cor chamativa.
Após o acontecimento que foi largamente divulgado pelas mídias em geral,alguns programas levantaram discussões sobre o fato do preconceito com uma mulher e sua opção de roupa.O que rendeu matéria sobre vestidos curtos e cores de roupa,e tratamentos estéticos.





O fato é que hoje passados alguns meses, Geisy já fez uma cirurgia plástica que remodelou suas formas,e já é uma celebridade do momento. Figura em capas de revista, freqüenta programas da tarde e procura um namorado em rede nacional aos sábados.Num programa onde os pretendentes enviam vídeos se apresentando e depois no palco passam por “provas” de conquista,até sobrar um só pretendente escolhido.Algumas vezes o apresentador elogia a moça dizendo que “Geisy tem crescido em sua carreira”.
Geisy é representante da mulher jovem comum no mundo das celebridades .Mundo este que hoje já tem outro perfil.Não é mais um mundo de Deuses,somente Deuses. Já admite a curto prazo a presença de nós pobres mortais( o que fazemos,pensamos e como vivemos),exemplo são programas como Big Brother,Troca de família e afins.É a oportunidade glória de fama rápida,como já profetizava Andy Warol, dizendo que no futuro todos teriam seus 5 minutos de fama.
O inverso também já acontece,a grande celebridade já não quer mais ser vista somente como um Deus da Tv,e sim mostrar que também tem uma vida normal,que vai á feira e brinca com os filhos.O exemplo é a crescente quantidade de famosos da TV como Luciano Huck ,Ana Maria Braga ,Preta Gil,Willian Bonner e muitos outros no twitter.Onde podem dizer que estão á beira do fogão ou o que pensam á respeito de outras celebridades.Que ainda sim é espetáculo ,pois o cotidiano transformado em show pode render mais audiência que um evento de grande pirotecnia.




Elaine Alves

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Papel da Comunicação Social nas Mídias

Felipe Azevedo da Silva

Este post é um comentário sobre o caso Isabella Nardoni.

A mídia influenciou o desfecho do caso?
O julgamento do casal Nardoni foi justo?



Nas últimas semanas o Brasil pode acompanhar com a aproximação do julgamento do casal Nardoni, as grandes mídias nacionais fecharem o cerco em cima do caso. A maioria dos assuntos nacionais foram deixados de lado para tratar quase que exclusivamente do caso.
Em minha opinião este foi um dos casos mais polêmicos desde o Caso da Escola Base, pois houve o mesmo tipo de comoção dos públicos sobre o caso, concluo que muitos se pudessem fariam justiça com as próprias mãos.

Mas porque mesmo tanta comoção?
Não que o caso não mereça uma atenção, mas Isabella não foi a única pessoa assassinada de maneira brutal, com certeza existem absurdos maiores do que este. É certo que a Rede Record começou com toda essa história, armando todo o circo de espetáculos, porém acredito que existem outros fatores (psicológicos), que acarretaram em tanta polêmica. Isso infelizmente acaba acarretando em estereótipos — assentes em factores de raça e de etnia, de sexo e de idade, bem como em outros ainda, já que com certeza eles se tornaram destaque pelo fato de serem de uma família de raça branca, paulista e de classe média é claro. Desconhecemos estes fatores, porém atribuo eles as grandes mídias.
O papel da comunicação social neste caso com certeza foi transformar em consumo a notícia do caso, isto é uma tendência comum das grandes mídias, deixar a ética de lado para não ficar para trás em relação aos concorrentes, pois talvez as grandes mídias não sobreviveriam se não fizessem de tudo um espetáculo.
Porém o resultado foi uma grande influência na cabeça de muitas pessoas, pois a maneira que foi noticiado o caso acabou fomentando a hostilidade e o conflito.
Agora como poderemos saber se o julgamento foi justo, será que os jurados do caso (que são escolhidos aleatoriamente), não foram influenciados pelas mídias antes mesmo de serem escolhidos? Não estou retirando a culpa e a responsabilidade do casal, pois tudo aponta que foram eles, mas não há uma prova que determine se realmente foram eles, nem uma confissão eles fizeram, continuam alegando ser inocentes.
Lembro que no dia que ia sair o veredicto, estava em um bar lotado de pessoas, e na hora da sentença todos se calaram e se levantaram e se aproximaram da TV, automaticamente comparei a situação a uma final de campeonato de futebol na hora dos penâltis. Na TV aquela multidão que se deslocou de suas casas para ficarem próximas do fórum com fogos de artifício e gritando, parecia a arquibancada de um estádio. Só faltaram os patrocinadores anunciando. E no momento em que disseram que eles eram culpados as pessoas ao meu redor pulando e comemorando, na TV aquela multidão soltando fogos e gritando, pensei se aquilo era certo. Senti vergonha como um comunicador em formação.
Contudo percebi mais do que nunca o poder da mídia e como ela pode ser perigosa, como foi no Caso da Escola Base. Que a ética foi deixada de lado (se é que é possível haver ética nas grandes mídias) e que o papel da Comunicação Social nas mídias é transformar tudo em espetáculo.

domingo, 4 de abril de 2010

Banda Larga = Crescimento.


Mariana Ferrari
A Fibra Ótica é um filamento de vidro ou material polimérico capaz de transmitir luz, e que foi utilizado inicialmente para ligações telefônicas intercontinentais à partir dos anos 80, e que 30 anos depois pode ser responsável por um grande “boom” da troca de informações no Brasil: o Plano Nacional de Banda Larga.
É com a utilização dela que as redes de internet banda larga são confeccionadas.


Por incrível que pareça, pesquisas indicam que no nosso país, apenas 19% da população tem acesso à internet de alta velocidade, percentual este que pode ser considerado quase que irrisório se comparado á Coréia do Sul, onde 97% de sua população possui acesso à internet banda larga; ou aos 90% da Suíça e aos 84% da Noruega.
É inegável a grande participação da internet na troca de informações do mundo globalizado, ajudando no surgimento e difusão da cultura e economia contemporâneas, focadas na transmissão de informações de maneira quase que instantânea.
O projeto do governo brasileiro prevê que até o ano de 2014 sejam instalados 90 milhões de ponto de acesso de banda larga, realizando uma cobertura nacional. Para tal, pretende realizar um investimento na ordem de 15 bilhões de reais.
O PNBL reflete um processo que possui motivadores econômicos, mas que acabam por influenciar a cultura como um todo. Uma maior abrangência da internet ajudará a um aumento na velocidade e quantidade de troca informações e consequentemente uma maior troca de conhecimento, que podem ser transmitidos através de pesquisas, notícias jornalísticas, divulgações em podcast, vídeos ou até mesmo impressões que uma pessoa que não é necessariamente um profissional de comunicação ou formador de opinião tece a respeito de um determinado fato ou acontecimento através de blogs ou espaços reservados para comentários nos próprios sites oficiais de veículos de comunicação. Estes espaços extrapolam as páginas impressas, e estão disponíveis a qualquer hora, em qualquer lugar, para qualquer pessoa, sem distinção de nacionalidade, cultura, religião ou classe social.
Este aumento na quantidade e velocidade da difusão de informações acaba por gerar ganhos para a economia do país. Segundo o Banco Mundial, um aumento de 10% no número de pessoas com acesso a banda larga represente um aumento de 1,4% no PIB (para o Brasil representaria um crescimento de 40 bilhões de reais por ano).
Porém estas trocas não são somente econômicas ou de informações. Através da internet aprendemos e apreendemos a cultura de outros indivíduos. Este conhecimento coletivo intensificou-se com o advento dos rádios e principalmente dos televisores. Com relação ao Brasil temos exemplos nos programas jornalísticos e novelas, que mesmo com as críticas de exteriotiparem uma determinada classe ou grupo, ou até mesmo de optarem por uma determinada variante da língua, roupa, etc, acabam por difundir as culturas regionais brasileiras e mundiais nacionalmente, para indivíduos que dificilmente teriam contato com estas de outra maneira. Com a expansão de internet de alta velocidade, estas trocas culturais se intensificarão com um leque de possibilidades, principalmente de escolhas por parte do internauta, que não receberá uma informação pré-definida (caso da televisão), mas escolherá e filtrará o que mais lhe interessa.
São inegáveis as melhorias que o PNBL trará a economia e á sociedade brasileira. Facilitando trocas financeiras, culturais e de conhecimento, incentivando a globalização e o crescimento do país, que mesmo com todas as suas dificuldades e estando atrasado neste quesito já é considerado um dos maiores do mundo.

BIBLIOGRAFIA
VERSIGNASSI, Alexandre; NOGUEIRA, Salvador. Enlarge your PIB: Banda Larga faz a economia crescer. Super interessante, p. 25-26, abr. 2010.

O poder da mídia e do público.




Elis Ribeiro



Você já parou pra pensar o quanto a sociedade compra o que a mídia vende?
Quem nunca ouviu falar de Big Brother Brasil?Quem nunca viu sequer um dia do programa?
A mídia cai em cima, tem propaganda o dia inteiro sobre o BBB, que deixam as pessoas com vontade de saber o que vai acontecer naquele dia à noite.
Fora isso, ainda tem os produtos Big Brother Brasil, camisetas estampadas, malas, mochilas, toalhas, cobertores, roupão e até mesmo o robô do BBB.
Programas desse tipo chamam atenção pela curiosidade, ou voyeurismo do ser humano, também por meios de prêmios que o programa oferecia aos seus públicos, as pessoas tinham que ligar para um número e se fosse sorteada e acertasse a pergunta feita pelo apresentador ganhava um carro, mas claro, as ligações eram pagas com direito a impostos.
Já pararam pra pensar em quantas pessoas ligavam pra tentar ganhar o premio e quanto dinheiro não ganharam com isso? Quem dá o prêmio, o programa ou o público? Quem é que paga o prêmio do grande vencedor do programa? A Rede globo? Ou você que dá audiência e contribui ligando pra votar ou para ganhar os prêmios?
A cada BBB a audiência é cada vez maior, a cada ano tem uma estratégia nova para atrair o público.
Outro exemplo são os CDs de trilha sonora, de novelas então que passa todos os dias as musicas referente a cada personagem, e na capa colocam a foto do personagem principal ou o mais bonito. Já pararam pra pensar na qualidade disso? Quanto sucesso não fez a musica do grupo “Calcinha preta - Você não vale nada mas eu gosto de você? “E quantas vezes você ligou o rádio e essa musica estava tocando? Em quantos programas de TV ela tocou e até ganhou o premio em programa de TV como melhor musica do ano, e por quê? O publico compra.
A moda também é vendida, mulheres procuram os colares que as atrizes Lilia Cabral e a Alinne Moraes usam na novela Viver a Vida, não só os colares, como roupas, cortes de cabelo, maquiagem e etc.
Nessa visão também entra o sensacionalismo das tragédias que acontecem, como no caso da Susana Richthofen, a garota que matou seus pais a facadas, ou da morte de Eloá, a menina que é assassinada pelo ex namorado e o caso da menina Isabella morta pelo pai que à jogou pela janela, são fatos que deram muito ibope, muito dinheiro e que os telespectadores acabaram comprando, as mídias usam de seu poder, além da sensibilidade das pessoas.
A mídia tem o poder da venda e o público de comprar ou não. Pensem nisso.

quarta-feira, 31 de março de 2010


Ellen Baltazar

Vem ai a nova internet...



A internet é um território livre, onde as informações dos usuários e consumidores representam um valioso acervo para o comércio eletrônico. Se observarmos esse comércio por exemplo, as informações fazem parte da moeda de troca. A transação eletrônica (seja ela de compra ou uma simples pesquisa, por exemplo) só acontece mediante o fornecimento de informações do consumidor. No entanto, a tecnologia não oferece recursos para a coleta de certos tipos de informações, sem que as mesmas precisem ser fornecidas voluntariamente pelo consumidor. Há ainda inúmeros sites que oferecem serviços ditos gratuitos, em troca de informação. O fato é que ainda há muito a ser feito para se garantir a privacidade dos usuários na “Sociedade em Rede”.

A partir desse panorama, criou-se essa semana o marco civil onde o Ministério da Justiça assegura a liberdade do internauta.

Um dos maiores argumentos contra a criação de leis especificas para a internet é de que a rede não é diferente para ter regras próprias.

O pleiteado era o anonimato absoluto, ou seja, somente assim haveria liberdade de pensamento do usuário comum. A legislação nos garante que vida privada é um direito fundamental e que se esse direito for violado temos que ser indenizados, independentemente de como e por qual meio seja ele violado!

Quanto menos privacidade, menos controle sobre nossas vidas, sobre o destino e a utilização lícita ou ilícita de nossas informações pessoais.

O cyber espaço, por exemplo, trouxe muitas mudanças para a sociedade. Trata-se, entre outras coisas, de um ambiente informacional onde, o tempo todo, ocorre transferência, captura, armazenagem, agrupamento, indexação, edição, comercialização e troca, entre outros processos relativos a informações.

Será mesmo possível com esse marco assegurarmos nossa privacidade e anonimato na rede? O que há muito deixa os profissionais de TI de cabelo em pé é como fazer com que a sua informação, identificação, cedida pelo simples fato de você ter acessado um site com um determinado endereço de IP não seja transmitida de forma que seja prejudicial a você e nem ao comércio. Até que ponto estamos nos vendendo e até que ponto isso é um ato voluntário ou um ato involuntário?

terça-feira, 30 de março de 2010

Leitores digitais será o fim do livro tal como conhecemos?


Carla Carolina Augusto
Estamos entrando numa nova era, onde a forma como lemos poderá mudar para sempre, assim como já mudou a forma como ouvimos músicas e assistimos televisão.



A cada ano que passa mais a tecnologia evolui, a cada dia somos surpreendidos por uma novidade tecnológica, o modo como ouvimos música evoluiu, a televisão já pode ser assistida em qualquer lugar pelo celular e internet, porque seria diferente com o modo como lemos e com os livros.
De alguns anos para cá foram inventados diversos tipos de leitores digitais, mas parece que o que veio para ficar foi o Kindle da Amazon.
O kindle é um aparelho leve e portátil. Ele pode armazenar em sua memória interna até 200 títulos, o que daria na prática muitos quilos de papel, com o Kindle você pode carregar uma biblioteca debaixo do braço sem se preocupar com o peso, afinal ele pesa cerca de 300 gramas.
O Kindle tenta desbancar uma das invenções mais perfeitas da humanidade: o LIVRO. Ele pode não substituir os livros tradicionais, mas faz coisas que eles não fazem: através de links, textos dentro de um livro podem ser facilmente pesquisados e acessados em instantes, anotações podem ser feitas sem rabiscar nenhuma página, o tamanho do texto e o formato podem ser modificados para facilitar a leitura.
Cada pessoa pode “montar” seus textos a partir de fragmentos de outros textos, cada comentário pessoal sobre determinada obra pode ser transformado em apêndice. É possível que comecem a surgir obras franksteins, feitas de pedaços de livros alheios.
Porém ainda é difícil dizer que os leitores digitais irão acabar com os livros de papel, o que não seria uma má idéia com relação à conservação do planeta, é bem difícil convencer um amante de livros a trocá-los por uma digitalização. Já com relação ao jovens a leitura poderá aumentar, já que os jovens são facilmente atraídos por novas tecnologias, aqueles que pouco liam talvez passem a ler mais só pelo fato de ser um livro digital.
Através do Kindle você pode pular de uma obra a outra como se faz com as musicas em um MP3, você têm tantos a disposição que já não presta atenção a nenhum deles.
É pouco provável que os livros de papel desapareçam completamente, já que nem tudo é perfeito, além de caro ele ainda é um dispositivo eletrônico, e como ocorre com todos estes dispositivos ele pode simplesmente “dar pau” e você não conseguir ler uma determinada obra ou página.
Outro ponto importante é que para ler um livro comum basta você adquiri-lo de diversas formas diferentes, já um livro digital é necessário um dispositivo compatível e uma loja especializada. Outra característica do livro de papel é sua capacidade de circular de mão em mão, ele pode ser lido, emprestado, doado e vendido e assim vai passando de geração em geração.
Seria então o Kindle a realização do sonho de Mallarmé que idealizava um livro que pudesse conter todos os outros livros já publicados?
Ou seria o pesadelo de Johanes Gutenberg, inventor da prensa em 1439?
Mas isso só o futuro responderá, é esperar pra ver o futuro dos livros tradicionais e o dos leitores digitais.

O avanço tecnológico






A tecnologia evolui e se desenvolve em padrões cada vez mais acelerados. Produtos ligados aos ramos de telecomunicações e informática, principalmente, vêem o período que engloba do lançamento até que a tecnologia se torne obsoleta cada vez mais curtos.

Este período, chamado por profissionais de marketing de CVP(ciclo de vida do produto), evidencia cada vez mais o elevado grau de competitividade entre as empresas do setor e de velocidade com que surgem novas tecnologias.

Em resumo, novas tecnologias levam ao surgimento de produtos cada vez mais baratos.

Os preços mais baixos induzem ao surgimento de novas aplicações(video-games,por exemplo), o que alimenta a competição entre as empresas produtoras de tecnologia, criando demanda para o investimento em novas tecnologias.

domingo, 28 de março de 2010

Incêncio na Avenida Santo Amaro: Soliedariedade ou Voyerismo?



Caroline Abou Jaoudé
Um incêndio atingiu uma oficina mecânica na avenida Santo Amaro, zona sul de São Paulo, no fim da tarde do dia 25/03/2010, segundo o Corpo de Bombeiros.

A corporação foi acionada por volta das 17h45 e enviou seis equipes para o local, na altura do número 223.
As causas do incêndio serão investigadas. Devido ao trabalho dos bombeiros, o trânsito ficou ruim na região.
Em poucos minutos nas redondezas do incêncio havia uma aglomereção de pessoas, poucas dispostas a ajudar ou prestar soliedariedade ao trabalho dos bombeiros. Mas a maioria delas estavam lá para observar, tirar fotos, filmar, criar causas para o incêndio, quando na verdade nem os bombeiros sabiam ainda o que tinha ocorrido ou simplismente aglomerar. Esse comportamento é muito comum do ser humano, o voyerismo atualmente não se trata só de observar pessoas no ato sexual, mas sim ter o prazer de observar qualquer situação que fuja do seu cotidiano. Cada vez mais pessoas estão se tornando voyeurs.
Com o aglomerado de pessoas no local o trânsito piorou mais ainda e pedestres não conseguiam passar na região sem esbarrar por um amontoado de pessoas.

sexta-feira, 26 de março de 2010


3D será mesmo a nova era do cinema?



As principais discussões sobre o cinema na era do computador focalizam a possibilidade do jeito interativo de se comunicar. A nova mídia possibilita a idéia excitante de um telespectador participante na história, escolhendo diferentes caminhos através do espaço e interagindo com os personagens.

No entanto, as mudanças causadas no cinema pelo computador são muito significativas. A partir da entrada do cinema de terceira dimensão, as imagens perspectivas planas, projetadas numa tela, são apenas uma opção. As produtoras de filme tendo dinheiro e tempo podem fazer um trabalho totalmente computadorizado podendo eliminar o simples ato principal da filmagem real!

A "crise" da identidade do cinema também afeta os termos e as categorias usadas para teorizar o cinema do passado. No século XX, a identificação de um filme ficcional era de um super gênero, cuja característica principal era o filme de ação real, que consiste em gravações fotográficas não modificadas de eventos reais que ocorreram em um espaço físico real.

O cinema tinha como sua principal característica em sua criação mostrar o que realmente acontecia cena por cena o que passava em frente a lente podendo ser abstrato ou não. O que aconteceu então, com a identidade do cinema, se agora é possível gerar cenas inteiramente manipuladas? Uma cena pode ser feita usando a computação gráfica 3D, modificando cada frame individualmente ou toda a cena com a ajuda de um programa digital. Cortar, curvar, dobrar e costurar imagens de filmes digitalizados são procedimentos comuns.

Com toda essa onda 3D todos pensam que é uma tecnologia recente, mas enganam-se aqueles que pensam isso. Na realidade essa sensação 3D que nos é passada é um fenômeno natural chamado estereoscopia que ocorre quando uma pessoa observa uma cena qualquer a simulação de duas imagens da cena que são projetadas nos olhos em pontos de observação ligeiramente diferentes, o cérebro funde as duas imagens, e nesse processo, obtém informações quanto à profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos, gerando assim a sensação de visão de 3D. E essa primeira imagem de estereoscopia 3d foi realizada em um desenho de Giovanni Battista della Porta em (1538-1615).

Mas em relação ao cinema à muita discussão quando foi passado o primeiro filme 3D, fala-se em 1903 pelos irmãos Lumiére os mesmos que criaram o cinema “2D”. Mas foi na década de 50 que o cinema 3D recebeu uma atenção maior com “Bwana Dveil”, alem dele outros 60 filmes 3D foram lançados, após essa década a arte 3D caiu, voltou a vigor só na década de 90 mas já com outras finalidades apenas como objeto de recreação em exposições e parques temáticos.

No Século XXI mas uma vez esta em pauta o cinema 3D mas agora com outro objetivo o combate a pirataria e a intenção de retomar a população o prazer de irem as salas de cinema. Mas com essa tecnologia para a produção os gastos serão maiores os patrocínios serão maiores mas e a verdadeira arte do cinema será maior? A capacidade de emocionar, cativar o publico também será maior? Tudo muda, tudo se renova e essa talvez seja mais uma etapa cinema e computador, cinema e TV, e por ai vai.


Texto escrito por Fábio Santana

quinta-feira, 25 de março de 2010

Patrícia Barreto





O mundo em que vivemos, passa por inúmeras mudanças; A natureza muda, nossos hábitos cotidianos mudam, nossa tecnologia, tudo o que ontem era novo, hoje já é velho. O mundo nunca parou de mudar, mais creio que esse seja o tempo em que estamos dando mais atenção a isso, já que, cada vez mais essas mudanças influenciam nosso modo de viver.

O excesso de informações é uma das coisas que sempre se modifica e nos influencia. A influência é tamanha que muitas vezes não sabemos o que pensar e/ou o que fazer. Os meios de comunicação tem esse poder de manipular, de conduzir o espectador (leitor, ouvinte, telespectador e etc.) para onde quiser.

Pegamos como exemplo o caso Eloá. Logo no início do ocorrido os meios de comunicação de massa não tinham outro assunto e todos abordavam praticamente da mesma forma: “o Lindemberg é um monstro”. Mas bastou surgir à informação de que o pai da moça também mexia com algo, digamos, ilícito, para modificarem sua postura quanto á isso, conduzindo a massa a pensar que talvez a Eloá tivesse uma participação de culpa, ou, que tenha sido “usada” para pagar pelos erros do pai.

Mais o que leva os meios de comunicação saturar a massa de informações?

Este tipo de fornecimento pode levar uma pessoa a se senti “rei”, sentir-se onisciente e onipotente. Como foi o caso do Lindemberg ele se sentiu tão poderoso que talvez tenha sido este sentimento que o levou a matar a ex-namorada Eloá.













A informação é tanta que nos sentimos bombardeados, e sem saber o que realmente pensar. Na época do Caso Eloá chegamos a momento que já não agüentávamos mais o assunto, passou a fase de emoção e dor pelo sofrimento da moça e de sua família para cansaço e desespero por não ter outra coisa para ver ou ler. Parecia que aquilo nunca tinha acontecido e que jamais iria acontecer novamente, e foi assim em vários outros casos, como no caso do menino João Hélio Fernandes que foi arrastado no carro por bandidos no RJ, e como no caso Isabella que foi jogada da janela do apartamento de seu Pai (supostamente, ou não, por ele).

Notícias são veiculadas todos os dias. Mais não ficam apenas nisso, ela são jogadas em cima de você, deixando confuso, às vezes acusando, ou inserindo em algum acontecimento ruim ou bom e claro, seduzindo você e todos aqueles que assistem, ouvem ou lêem.

E você o que pode fazer com isso?
Na verdade, nada. Será apenas conduzido a “acreditar” no que é veiculado. Mais acredite existe sempre dois (ou mais) lados da mesma notícia.

E o Mundo nunca pára por isso....!!

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