02. 03.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Marketing político na Internet: Uma nova era



Flávia Valéria

As eleições presidenciais que acontecerão no Brasil no próximo mês de outubro têm tudo para entrar para a história, pois marcará uma nova etapa no uso da comunicação e no processo de se fazer o marketing político no país.



Seguindo um precedente que já fôra aberto nas últimas eleições para presidente nos Estados Unidos, em que o então candidato Barack Obama popularizou o uso da internet em sua campanha e fez dela uma de suas principais ferramentas de comunicação e de relacionamento com a população americana.

Por aqui os partidos políticos e, principalmente, os candidatos começaram a enxergar de maneira mais abrangente e como estratégia, todo o potencial que a web possui como instrumento comunicacional.

Os primeiros três meses deste ano foram marcados por um debate intenso entre a Justiça Eleitoral e Federal sobre como normatizar o uso da internet na campanha eleitoral. Diferentemente do que ocorre com a televisão e o rádio que são concessões públicas e tem regras muito rígidas definidas pelo Estado no que tange ao espaço concedido, que deve ser igual para todos os candidatos, entre outras regras.

A internet é um meio de comunicação “livre” não está vinculada a nenhuma lei específica ou entidade, e não há como controlar o espaço que cada candidato pode ter. Isso até seria possível em grandes portais de informação como IG, UOL, TERRA, entre outros. Mas como controlar o que cada cidadão pode postar sobre um determinado candidato em páginas de relacionamento, como blogs, Orkut, twitter, facebook e tantas outras ferramentas de comunicação que a web nos disponibiliza?

Impossível. E por isso mesmo a Justiça entendeu que não há como controlar um meio de comunicação em que a informação pode partir de qualquer lugar e de qualquer pessoa. Sendo assim, teremos nos próximos meses uma campanha eleitoral com elementos jamais vistos em nossa recente democracia. Lembremos que a internet é o meio de comunicação que mais cresce no Brasil, tanto em quantidade de usuários e horas passadas na rede.
A venda de computadores bate recordes a cada ano. E os políticos e, principalmente, suas assessorias sabem disso e já estão fazendo tudo o que está ao seu alcance para atingir o público em geral.
Tanto é verdade que semana passada após a oficialização das pré-candidaturas de Dilma Rousself e José Serra, PT e PSDB já trataram de “bombar” a internet com sites, muito bem desenvolvidos para os dois, além de alterarem quase que por completo as páginas dos dois partidos e turbinarem o todos os meios de comunicação já citados e utilizados pelos dois presidenciáveis.


Portanto, caros colegas, estamos prestes a testemunhar um novo momento no modo de se fazer comunicação eleitoral no Brasil. Mas é preciso, antes de mais nada, saber que se por um lado a internet tem um poder de abrangência imenso, por outro, ela acaba sendo muito mais democrática que papel em branco: aceita tudo o que nela se escreve e divulga-se em questão de segundos. Assim, cabe a nós, eleitores, digerir tudo o que nos será imposto pela web nos próximos meses para podermos tomar nossa decisão de maneira clara e consciente, pois só assim o uso da internet terá nos sido benéfico.

3 comentários:

3º RP UNISA 15 de abril de 2010 às 20:36  

Flávia,estas eleições serão realmente diferentes e se já somos bombardeados em época de eleição pelos meios usuais imagine com internet.Creio eu que os candidatos vão se empenhar muito mais em acusar,vigiar e denegrir o opositor(como já o fazem nas mídias tradicionais),do que em fazer uma campanha focada em seus próprios projetos.
Elaine Alves

Cristina Okuma,  22 de abril de 2010 às 01:10  

Com tudo isso, nós precisamos ficar atentos a tudo, e sempre checar as informações.
Mas acredito que a internet pode ajudar bastante, se o grupo de profissionais que trabalham nessa área de comunicação digital estiver bem informado, os políticos só terão a ganhar.
E como a Elaine disse, que será mais um modo de um candidato acusar o outro, eles poderiam fazer o contrário, pois sempre o que a gente faz errado aparece muito mais do que aquilo que a gente faz certo, então a preocupação deveria ser mais focada nos projetos, nos eleitores, do que em acusações aos rivais.

Márcio 25 de abril de 2010 às 21:49  

Como as redes sociais podem ajuadr os candidatos? Você sabia que Serra é um twiteiro de plantão? Ele gosta ou está imitand Obama na esperança de que o que deu certo lá dê certo para ele aqui?
Como manter a imagem institucional e um candidato numa campanha feita pela internet, onde cada eleitor pode se transformar em um poderoso cabo eleitoral?

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