02. 03.

quarta-feira, 31 de março de 2010


Ellen Baltazar

Vem ai a nova internet...



A internet é um território livre, onde as informações dos usuários e consumidores representam um valioso acervo para o comércio eletrônico. Se observarmos esse comércio por exemplo, as informações fazem parte da moeda de troca. A transação eletrônica (seja ela de compra ou uma simples pesquisa, por exemplo) só acontece mediante o fornecimento de informações do consumidor. No entanto, a tecnologia não oferece recursos para a coleta de certos tipos de informações, sem que as mesmas precisem ser fornecidas voluntariamente pelo consumidor. Há ainda inúmeros sites que oferecem serviços ditos gratuitos, em troca de informação. O fato é que ainda há muito a ser feito para se garantir a privacidade dos usuários na “Sociedade em Rede”.

A partir desse panorama, criou-se essa semana o marco civil onde o Ministério da Justiça assegura a liberdade do internauta.

Um dos maiores argumentos contra a criação de leis especificas para a internet é de que a rede não é diferente para ter regras próprias.

O pleiteado era o anonimato absoluto, ou seja, somente assim haveria liberdade de pensamento do usuário comum. A legislação nos garante que vida privada é um direito fundamental e que se esse direito for violado temos que ser indenizados, independentemente de como e por qual meio seja ele violado!

Quanto menos privacidade, menos controle sobre nossas vidas, sobre o destino e a utilização lícita ou ilícita de nossas informações pessoais.

O cyber espaço, por exemplo, trouxe muitas mudanças para a sociedade. Trata-se, entre outras coisas, de um ambiente informacional onde, o tempo todo, ocorre transferência, captura, armazenagem, agrupamento, indexação, edição, comercialização e troca, entre outros processos relativos a informações.

Será mesmo possível com esse marco assegurarmos nossa privacidade e anonimato na rede? O que há muito deixa os profissionais de TI de cabelo em pé é como fazer com que a sua informação, identificação, cedida pelo simples fato de você ter acessado um site com um determinado endereço de IP não seja transmitida de forma que seja prejudicial a você e nem ao comércio. Até que ponto estamos nos vendendo e até que ponto isso é um ato voluntário ou um ato involuntário?

12 comentários:

Camila Dias,  31 de março de 2010 às 23:31  

Gostei do post Ellen, mas de qualquer forma temos que nos acostumar com a invasão da internet nas nossas vidas, colocamos a disposição das pessoas o que achamos devido (eu pelo menos faço assim). Mas vai do individuo saber diferenciar o que é bom ou não para ele.

Ilda Monteiro 2 de abril de 2010 às 01:16  

Acho que a iniciativa é válida, já que o anonimato vai garantir a liberdade de pensamento dos usuários, mas, por outro lado fica a pergunta.
Como preservar a liberdade dos internautas sem que crimes de qualquer espécie sejam cometidos livremente?

Irailda

Elis Ribeiro,  4 de abril de 2010 às 11:46  

Concordo com a Camila, fico no mesmo ponto que cada um tem que saber diferenciar o que é bom ou ruim.

Mariana,  4 de abril de 2010 às 20:59  

É uma situação bem complicada. Claro que a liberdade de expressão e anonimato são essenciais, principalmente na rede, porém como ficam os criminosos que se utilizam disso para cometer crimes vezes milionários, como roubos de valores por transferência ou roubo de informações, vezes significantes só pra quem o sofreu, como a divulgação de foto ou montagem ridicularizando alguém.

Patrícia Barreto 5 de abril de 2010 às 18:09  

Acredito que todos aqueles que, de algum modo, estão na rede deixam de ser anônimos. Cabem á estas pessoas filtrar o que é bom ou ruim.

E toda esta sedução que a rede oferece (sites gratuitos, personalização de perfil, etc) faz com que pouquissímas pessoas prefiram o anonimato. A maioria querem sim, participar do show, da moda, querem sempre, a qualquer custo "está por dentro".

Flávia Valéria 8 de abril de 2010 às 13:04  

Difícil falar sobre voluntário ou involuntário. Pois acabamos nos ‘adequando’ às tecnologias, e por isto, muitas vezes é um ato involuntário devido a precisão ou a necessidade, e inúmeras vezes é totalmente voluntário, pois sabemos o risco que estamos correndo com certas ações.

Viviane Teodoro,  10 de abril de 2010 às 20:20  

Concordo com a Flávia, quando ela fala que sabemos o risco que estamos correndo. A partir do momento que você, por exemplo faz uma compra na internet com seu cartão de crédito, fornecendo senha de segurança, ou mesmo digitando-a no teclado, quem saberá se isto é seguro ou não, será que mesmo usando um computador que você acredita ser 100% seguro, seus dados não estão em risco? Se hoje em dia os indivíduos conseguem "burlar" a segurança de um banco dentro de um aeroporto, não conseguirá um haccker fazer muito mais?
Por outro lado, as pessoas deixarão de comprar na internet ou fazer suas transações na internet, ato que lhe poupa pegar uma fila, ou mesmo ter tudo ao seu alcance, na hora que bem entender?

Viviane Teodoro,  10 de abril de 2010 às 20:22  

Concordo com a Flávia, quando ela fala que sabemos o risco que estamos correndo. A partir do momento que você, por exemplo faz uma compra na internet com seu cartão de crédito, fornecendo senha de segurança, ou mesmo digitando-a no teclado, quem saberá se isto é seguro ou não, será que mesmo usando um computador que você acredita ser 100% seguro, seus dados não estão em risco? Se hoje em dia os indivíduos conseguem "burlar" a segurança de um banco dentro de um aeroporto, não conseguirá um haccker fazer muito mais?
Por outro lado, as pessoas deixarão de comprar na internet ou fazer suas transações na internet, ato que lhe poupa pegar uma fila, ou mesmo ter tudo ao seu alcance, na hora que bem entender? Eu não apostaria nisto!

Izabella Nanni,  11 de abril de 2010 às 01:07  

Do mesmo jeito que um hacker pode te roubar pela internet, um marginal pode te assaltar na rua. E ainda eu acho mais fácil você ser abordada pelo marginal.

3º RP UNISA 12 de abril de 2010 às 20:54  

Ellen,acho que este é um importante passo para um país que acessa tanto a internet.Conforme usamos mais a rede temos mais o que legislar e regulamentar.Até pouco tempo a própria justiça não tinha muitos meios de investigar e julgar crimes cometidos na net,e que atualmente já melhorou muito também nisso.
Elaine Alves

Cristina Okuma,  20 de abril de 2010 às 02:06  

Seria bacana essa nova internet, hein...

Eu não me preocupo tanto com as minhas informações, talvez porque eu não sou tão importante assim, ou melhor, rica. Quem se interessar sobre minhas informações fará o que com elas?
Mas não deixa de ser preocupante o fato de nossa informações estarem soltas pela net, mas e aí, além de nós usuários comuns, quem vai ganhar com essa privacidade??

Márcio 27 de abril de 2010 às 02:01  

Vocês sabiam que hoje as grandes empresas - para as quais em breve vocês trabalharão - hoje já possuem departamentos inteiros que se cadastram na sredes sociais para monitorar os sites que vocês frequentam e as comunidades das quais vocês fazem parte para traçar o seu perfil de consumidor e assim praticar um marketing viral mais certeiro com vocês?

Concordo com privacidade, mas é certo a internet acobertar, por exemplo, pedófilos do mundo todo?

Será mesmo uma questão de decidirmos o que é "bom ou ruim"?

Em uma década, quem estará ausente da internet?

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