02. 03.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Comunicação Comparada... Para onde caminha a humanidade?

Zilda Batista B de Souza

"...ferramentas por si só são vazias e mortas. O sentido e a finalidade quem dá são quem as utiliza. "



Para atender as necessidades básicas de ser humano, comunicar é preciso... Fato!
Gosto de pensar em comunicação a partir do homem inventado e recriando. Afinal isto denomina a cultura, define padrões, aonde vivo e como me comporto. As ferramentas sem seus construtores são mortas e vazias, incapazes de alterar, criar e mudar.
O cérebro humano é movido pelo desejo de criar, de se movimentar, de estar ativo. Desde um simples pensamento, passando pelo desejo e chegando a expressão cultural vejo alguém necessitado de transcendência, de ser maior, mais capaz, mais construtor ou quem sabe, destruidor.
Não importa o quanto avançamos, nossas necessidades e desejos são sempre os mesmos, mas o que tudo isso tem a ver com Comunicação?
Com a paixão pela criação, o que sim, nos auto-realiza, construímos e nos consumimos. Descobrimos a escrita e o fogo, com isso controlar a natureza não era mais impossível e não estava mais sozinha no mundo. A cada passo o que era mito transformava-se em fato, passamos a avançar na ciência, nas artes e na filosofia. Construindo relações, criamos, dominamos e guerreamos. O patrimônio e o repertório da humanidade foram tomando proporções grandiosas. Não importa se leigo ou culto, sábio ou não, todos faziam e fazem parte de um Memorial Humanitário e Coletivo.
A cada conquista, uma nova reação. Com o avanço da Filosofia, me considerava cada vez mais importante. Com as Artes, mais criativo. Com a Ciência e a Tecnologia, deus.
Sou agora, em vez de dominado, dominador; em vez de criatura, criador.
Este ser passa agora a ser o centro de tudo, e seus desejos mais íntimos a motivação de seus atos. Conhecendo, modificando e criando o mundo tornou-se a expansão de seu imaginário. Saio do feudo, vou para o mundo, invento mais métodos para me comunicar, minhas extensões são cada vez mais infinitas como diz McLuhan e o que antes mediava relações de uma maneira simplória, tornou-se os meios mais importantes para entender e ser entendido, satisfazer e ser satisfeito.
Na postura de criador, me utilizo de qualquer artifício para avançar em qualquer campo, para atender qualquer necessidade.
Como um observador, passo por todas as invenções: a palavra, a escrita, a fotografia, o cinema, a internet e tantos outros feitos do homem. Nelas vejo conquistas, guerras, doenças, personalidades boas e más. Encontramos tudo: amor e ódio, guerra e paz, ciência e ignorância. Nunca se conquistou tanto, nunca fomos tão longe: conquistamos o espaço em partes, a internet nos conecta há qualquer lugar, com qualquer pessoa. Conhecemos as causas das dores e sabemos amenizá-las e muitas vezes o que é bom são fragmentos que morrem em meio ao egoísmo de ser popular, de ter a maior audiência, de ter o melhor produto e ser o primeiro a transmitir uma notícia extraordinária.
Termino repetindo que ferramentas por si só são vazias e mortas. O sentido e a finalidade quem dá são quem as utiliza.

Imagem: blogdocrato.blogspot.com

2 comentários:

Luh Paulu's 25 de abril de 2010 às 10:51  

Pois é, se quem as utiliza também for vazio, o que teremos é um monte de trabalho vazio espalhados por aí nos fazendo acreditar que o futuro é aquilo mesmo.

Márcio 25 de abril de 2010 às 22:06  

E ainda assim tememos as extensões e somos absolutamente entorpecidos por ela.

Nossas necessidades permanecereram as mesmas ao longo dos séculos? As extensões não as teriam modificado?

A inteligência coletiva não se aprimorou? Sou criador ou criatura quando uso um blog?

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